A vida em comunidade, principalmente no âmbito condominial, onde as propriedades são ainda mais próximas, requer o cumprimento e regras básicas de convívio.
O respeito ao regimento interno e às horas de descanso, além do bom senso, são atitudes fundamentais para tornar a convivência saudável entre condôminos, garantindo a prevalência do bem comum.
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Pará, queixas relacionadas à poluição sonora e perturbação do sossego alheio lideram os chamados da população na Região Metropolitana de Belém, com 36% das ocorrências registradas em 2019.
Sobretudo em tempo de pandemia, onde a permanência dentro de casa é mandatória, tornar convivência entre vizinhos mais saudável é essencial. Pensando nisso, a Contato separou cinco dicas para mitigar conflitos relacionados à produção de ruído em condomínios.
1. Evite andar de salto alto em pisos sem tapete
As reclamações relacionadas ao barulho produzido pelo uso de saltos, geralmente no piso superior, têm ganhado especial protagonismo nas brigas entre condôminos.
O problema pode ser mitigado com o uso de tapetes, que reduzem o impacto com o solo e, consequentemente, a produção de ruídos incômodos ao apartamento de baixo.
Entretanto, nem sempre é viável a instalação de carpetes por toda a casa. Quer seja por questões de saúde ou de preferências do proprietário. Nesses casos, evite transitar de salto dentro de casa sempre que possível, optando, por exemplo, por calçar logo antes de sair.
2. Treino em casa: priorize exercícios de menor impacto
A prática de exercícios físicos é um hábito saudável que ficou limitado durante os dias de confinamento pela pandemia de COVID-19.
Nessa temporada de academias fechadas, para não deixar a saúde e o preparo físico de lado, muitos investem na prática e exercícios em casa.
No entanto, fazer adaptações na rotina de exercícios em casa deve levar em conta, além da segurança e saúde durante a prática, o respeito aos vizinhos que eventualmente possam sofrer com o ruído excessivo.
Para evitar problemas de vizinhança durante o treino, converse com o instrutor e tente definir uma rotina que priorize exercícios de menor impacto sobre paredes e piso, reduzindo o risco de molestar outros condôminos e ser obrigado a suspender o treino.
3. Utilize aparelhos ruidosos em horário comercial
Eletroeletrônicos e eletroportáteis agregam praticidade e eficiência na hora de executar tarefas do lar. O aspirador de pó, o liquidificador e a batedeira são bons exemplos de aliados na hora de tornar o cotidiano mais simples e é quase impensável viver sem esses aparelhos.
No entanto, dê preferência ao uso de equipamentos mais ruidosos dentro da faixa comercial, evitando invadir os horários de descanso dos vizinhos mais próximos.
4. Repense obras e reparos em casa
A crise trazida pelo novo coronavírus transformou também as relações condominiais levando até mesmo à elaboração de normas de proibição de obras em alguns edifícios.
Contudo, na maioria dos casos, embora não haja regra excepcional que trate do tema, fica a critério do morador o bom senso na hora de mensurar a urgência na execução de obras em sua unidade.
Nesse período, é importante considerar que muitas famílias estão em casa, levando rotinas de trabalho e estudo em regime de home office, o que requer certo nível de silencio, cujas obras são incompatíveis.
Em caso de obras e reparos não urgentes ou imprescindíveis, considere a possibilidade de suspensão temporária. Não apenas pela produção de ruído, mas por questões de saúde.
Lembre-se que, quanto maior o fluxo de pessoas nas instalações condominiais, maior o risco de propagação de vírus, o que coloca em risco a segurança e bem-estar de toda a comunidade.
5. Evite música alta, gargalhadas e barulhos excessivos após o horário tolerado
Por fim, é importante respeitar a regra básica do convívio em condomínios. Quando o isolamento terminar, evite festas, música e barulho alto em geral à noite.
Dar uma festa, receber amigos, celebrar um acontecimento em família são ocasiões que costumam produzir mais ruídos que o usual. A descontração e o prazer de confraternizar não combinam com o silêncio.
Para evitar desentendimentos, advertências ou até mesmo multas, fique atento às normas do condomínio quanto ao horário limite estabelecido para não desrespeitar o sossego da vizinhança. Após as 22h diminua o tom e prefira sempre celebrações mais discretas.
Lembre-se que a diversão acontece na sua casa. Nem sempre é um bom momento para quem está do outro lado da parede.
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